7 de janeiro de 2010

O que é Obsessão e quais suas fazes.

Introdução

Caros Leitores, gostaríamos de apresentar a vocês, alguns estudos que nos levam a refletirmos em relação a obsessão e as ações destes “espíritos obsessores” sobre a matéria, para as ciências espirituais e para a ciência humana, que estudam os transtornos do sistema psíquicos, e sua reações sobre a matéria, a idéia não é apresentar um estudo como a mais pura verdade e nem ao impor o mesmo como verdade absoluta. Porem podemos dez de já eliminar nossos preconceitos e analisar os fatos observáveis, ou não destes fenômenos e procura- lo entender.

Assim buscaremos embasar nossos pensamentos em estudo espirituais em grandes pensadores da psicologia de forma a entendermos ou melhor, tentar entender este fenômeno que acontece diuturnamente e tendem a instalar-se nas mais diversas formas, e em qual quer pessoa sem escolher, raça, credo, região ou pais.

No intuito de desmistificar estas situações aqui suscitadas, teremos a oportunidade de reverenciarmos os mais diversos pontos de vistas.

Traremos em primeiro momento uma abordagem da doutrina espiritualista cristão Vale do Amanhecer, sendo uma doutrina cristão galgada nos ensinamento do mestre Jesus, o qual foi apresentada do mundo espiritual a uma senhora, nascida em Sergipe, chamada Neiva Chaves Zelaya, a qual tinha uma faculdade mediúnica aguçada que a permitia ver o que um espírito encarnado neste planeta, onde aqui denominamos mundo material, teria feito em vidas passadas, bem como no seu presente e o que ocorreria em seu futuro, denominada de clarividente, por ter estas faculdades mediúnicas ela foi responsável pelas realizações dos mundos espirituais para o nossos dias atuais todo um acervo doutrinário e seus ensinamentos os quais são seguidos até os dias atuais. A presente abordagem é transcrita pelo mestre José Carlos denominado de Adjunto Tumarã e o presente estudo é conhecido nesta doutrina como acervo Tumarã.

Obsessão para os Espíritas do Vale do amanhecer.

A doutrina do Vale do Amanhecer na linguagem do mestre José Carlos, nos apresenta a obsessão como uma luta entre espíritos desencarnados com um espírito encarnado, que se desenrola no plano físico, ao nosso redor.
Onde a personalidade de um espírito encarnado busca a tranqüilidade, a satisfação de suas necessidades básicas, a harmonia com seu meio ambiente e com a sociedade em que vive, submetendo-se às leis físicas e as normas sociais que a regem; seu espírito - sua individualidade. - Busca o conflito e o acerto de contas, a cobrança ou o pagamento de débitos transcendentais, adquiridos por “maldades ou atrocidades”, cometidas na reencarnação passada ou vida passada.
Assim, a ligação de um espírito com outro altera o comportamento no plano psicofísico, interferindo na mente e no sistema nervoso central ou no sistema nervoso neurovegetativo, causando desequilíbrios e doenças em seu corpo físico atual.
Assim esta doutrina em tende a obsessão como um estado de profunda ligação que se faz, geralmente, entre um espírito desencarnado e um encarnado, havendo, todavia, casos em que há falanges obsessoras, ou seja, não um mais sim vários espíritos obsessores.
Neste estado denominado de obsessão, a sede de vingança do espírito desencarnado, que está mergulhado no ódio, consegue se ligar à sua vítima por meio da afinidade vibracional, ou uma sintonia entre os mesmos, neste processo é alimentado sentimentos de ambição, de ódio e de insatisfação.
Quando desencarna com ódio, o espírito não consegue sequer manter a posição invertida ao corpo. Fica desatinado, rodando em círculos e de nada serve sua passagem por um lugar denominado de Pedra Branca. Sua única meta é vingar-se de quem lhe fez mal.
Torna-se, assim, um obsessor, um espírito que mantém relacionamento direto com um ser encarnado, por afinidade decorrente do relacionamento estabelecido quando ambos habitavam o mesmo plano físico em que estamos.
Há duas fazes da obsessão as quais podem vir juntas ou não, sendo ela interna, se atinge as potências interiores, especialmente a imaginação e o psiquismo, ou externa, se causa perturbação em um ou mais sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), os quais consideramos fatores orgânicos e físicos por estalar-se em nosso corpo físico.
A Doutrina do Amanhecer, considera que não existe obsessão entre encarnados, mas, sim, a Possessão, que compreende o Vampirismo ou seja quando um espírito encarnado suga a energia de outro encarnado. Em quanto a Cobrança é a situação comum, dentro da Lei do Carma, para o reajuste de espíritos transcendentais.
Na obsessão não há nenhuma ligação entre a vítima e seu obsessor a não ser vibracional. Tudo começa e acaba no aspecto vibracional, tanto por parte do obsediado como por força dos trabalhos que atuam sobre o obsessor, fazendo com que deixe sua vítima. Porém, tudo se passa exclusivamente na parte vibracional.
Estudos espiritualistas consideram quatro tipos de obsessão:
1) AUTO-OBSESSÃO: processo anímico, em que a própria mente gera um estado patológico, provocando crescente desequilíbrio, normalmente atribuída a um espírito, mas, na realidade, fruto das próprias conseqüências da Lei de Causa e Efeito, quando o próprio espírito da vítima é que atua por força de reações adversas em sua caminhada, baixando seu padrão vibratório, sendo, na maioria dos casos, uma obsessão de si mesmo; 
2) OBSESSÃO SIMPLES - processo inicial, com pouco sintomas sendo percebidos, que vão aumentando e dão à vítima a percepção da ação de uma força exterior, comumente acontecendo com quem não atende às necessidades de trabalho de sua mediunidade, evoluindo para distúrbios mentais e perturbações de efeito físico, tais como visões, ruídos e movimentação de objetos, usadas pelo obsessor com a força ectoplasmática da vítima;
3) FASCINAÇÃO - processo mais acentuado, em que o obsessor já controla a mente da vítima, gerando ilusões e bloqueando o raciocínio, desaparecendo a autocrítica e levando o obsediado a uma triste situação de desequilíbrio;
4) SUBJUGAÇÃO - processo final, em que a vítima é tomada totalmente pelo obsessor, confundindo-se seu estado com os quadros patológicos de esquizofrenia e loucura, em estado de completo desequilíbrio mental e comprometimento físico, com sistema neuromuscular refletindo uma total descoordenação, tendo alucinações visuais e auditivas, desligamento afetivo, desinteresse pela realidade e profundo desprezo pela vida.
Em uma obra de nome “No Limiar do III Milênio” do Vale do Amanhecer, o Trino Tumuchy, mestre Mario Sassi, apresenta a obsessões:
a) OBSESSÃO POR DESENCARNADO - a mais comum, quando o espírito encarna e traz o compromisso de reajustes com outros espíritos desencarnados, que passam a lhe criar problemas de várias gradações e naturezas quando as condições de cobrança são desequilibradas;
b) OBSESSÃO POR FALANGES - feita por falanges de espíritos que cobram algo que lhes foi coletivamente feito por um único espírito que está encarnado e na exploração de fontes de energia que lhes é afim, como nos casos de alcoólatras, políticos, cientistas e líderes sectários;
c) OBSESSÃO LICANTRÓPICA - a realizada por elítrios;
d) OBSESSÃO EPILÉTICA - aquela causada pela presença de elítrios no cérebro do encarnado, causando-lhe convulsões;
e)OBSESSÃO POSSESSIVA - quando o espírito se liga ao indivíduo pela afinidade vibracional, usando os plexos nervosos como pontos de contato;
f) OBSESSÃO DO PRÓPRIO ESPÍRITO - na qual o obsessor é o próprio espírito da pessoa que, dominada por quadros do passado e influências de outros espíritos, entra em angústia constante, provocada pela desassociação extremada entre sua atual personalidade e sua individualidade;
g) OBSESSÃO RELIGIOSA - é a escravidão espiritual em suas várias modalidades de expressão, originada, em geral, pela educação religiosa, divorciada da educação comum para as coisas da vida;
h) OBESSÃO QUÍMICA - gerada pelo plexo dos alcoólatras e dependentes de drogas, estabelecendo os obsessores afinidades tão fortes, que anulam a vontade e o sistema nervos central de sua vítima, tornando-a desligada do mundo físico e perturbada em sua psique, assegurando, assim, uma permanente fonte das vibrações de baixo padrão.
Na obra “Tormentos da Obsessão” (Livraria Espírita Alvorada Editora, Bahia, 3ª Edição, 2003), psicografada por Divaldo Franco, o espírito de Manoel P. de Miranda relata várias passagens no Sanatório da Esperança, erigido no plano espiritual para socorrer espíritos desencarnados desequilibrados, e destaquei o seguinte trecho de uma aula do Dr. Ignácio Ferreira, psiquiatra que viveu em Uberlândia, dedicado à Lei do Auxílio, espírito que colabora na instrução naquela instituição:
A grandeza da vida se expressa através de inumeráveis maneiras, porquanto, envolvido pelo corpo físico ou sem ele, estua rico de vida o ser espiritual. Enquanto mergulhado no denso véu da carne, entorpece-lhe parte do discernimento e a visão global se lhe torna limitada. No entanto, ao despir-se do envoltório material, é recuperada a plenitude das funções, podendo avaliar o resultado das experiências vividas, das construções edificadas e dos planos anteriormente traçados, se foram executados conforme sua elaboração ou se houve malogro entre a intenção e a ação. Sempre, porém, luz a divina misericórdia amparando, inspirando, conduzindo, ensejando o crescimento infinito do Espírito. No entanto, face à rebeldia que se demora na conduta de expressiva maioria, eis que se adia a felicidade, equivocando-se, para vender o mal que nele permanece, avançando sempre e sem cessar. Mesmo nas aparentes existências malsucedidas, adquire valores que irão contribuir para a sua plena realização, porquanto nada permanece inútil neste processo ascensional. A aprendizagem, por isso mesmo, é conseguida através do erro e do acerto, da percepção do fato e como realizá-lo, bem como da iluminação, que são verdadeiras metodologias para aprimorar cada aluno na Escola da Vida.
É mediante esse agir e arrepender-se, quando equivocado, que surgem as vinculações dolorosas, exigindo reparações igualmente aflitivas. Isso, porque, raramente o erro é individual. Quase sempre acontece envolvendo outras pessoas com as quais se convive ou junto a quem se estabelecem programas de afetividade, de interesses comuns, de lutas necessárias. E toda vez que alguém defrauda a confiança, ou burla o respeito e a dignidade de outrem, estabelecem-se vínculos perturbadores entre o agente e a sua vítima que, destituída de elevação moral, ao invés de esquecer e perdoar, atormenta-se nos cipoais da vingança, desejando cobrar os males de que se crê objeto. Não estando preparados para entender que o mecanismo do progresso exige disciplina e testemunho, os temperamentos arbitrários rebelam-se se propõem fazer justiça com as próprias mãos, em atentado grave contra a ordem estabelecida e a própria Vida. Ninguém, porém, pode ser juiz honesto em causa própria, por impossibilidade de harmonizar ou de eliminar emoções que ditam comportamentos quase sempre egoísticos e perturbadores. Assim, as malhas da rede obsessiva se vão estabelecendo, vinculando-se negativamente uns indivíduos aos outros, aqueles que se agridem e se desconsideram.
Por conseqüência, a obsessão é pandemia que permanece quase ignorada embora a sua virulência, para a qual, na sua terrível irrupção, ainda não cogitaram os homens de providenciar preventivas ou terapias curadoras. Tão antiga e remota quando a própria existência terrestre – por decorrência das afinidades perturbadoras entre os homens – todos os Guias religiosos se lhe referiram com variedade de designações, sempre utilizando-se dos mesmos métodos para a sua erradicação, tais: o amor, a piedade, a paciência e a caridade para com os envolvidos na terrível trama. Passados os períodos em que viveram, e os seus discípulos, quase de imediato, olvidaram-se de levar adiante esta pratica, essas específicas lições que receberam. Face à tendência para o envolvimento emocional com o mitológico, não poucas vezes têm confundido a revelação do fenômeno mediúnico com idéias de arquétipos que semi-adormecidos no inconsciente, e que passam a ocupar as paisagens mentais, sem os correspondentes critérios de compreensão, para investir esforços na sua equação, desse modo transferindo-os para a galeria do fantástico e do sobrenatural.(...)
Graças à valiosa contribuição científica do Espiritismo no laboratório da mediunidade, constatando a sobrevivência do ser e o seu intercâmbio com as criaturas terrestres, a obsessão saiu do panteão mítico para fazer parte do dia-a-dia de todos aqueles que pensam. Enfermidade de origem moral, exige terapêutica específica radicada na transformação espiritual para melhor, de todos aqueles que lhe experimentam a incidência. Ocorre, no entanto, como é fácil de prever-se, que essa psicopatologia, qual sucede com outras tantas, sempre apresenta, no paciente que a sofre, graves oposições para o seu tratamento. Quando, ainda lúcido, o mesmo se recusa receber a conveniente orientação, e, à medida que se lhe faz mais tenaz, as resistências interiores se expressam mais vigorosas. De um lado, em razão da vaidade pessoal, para não parecer portador de loucura, particularmente porque assim se sente, e, por outro motivo, quando sob os camartelos das obsessões, porque o agente do distúrbio cria dificuldades no enfermo, transmitindo-lhe reações violentas, para ser evitado o tratamento especial. Em todos os casos, porém, o tempo exerce o papel elevado de convencer a vítima da parasitose espiritual, através do padecimento ultriz, quanto à necessidade de submeter-se aos cuidados libertadores.
Iniciando-se de forma sutil e perversa, a obsessão, salvados os casos de agressão violenta, instala-se nos painéis mentais através dos delicados tecidos energéticos do perispírito até alcançar as estruturas neurais, perturbando as sinapses e a harmonia do conjunto encefálico. Ato contínuo, o quimismo neuronial se desarmoniza, face à produção desequilibrada de enzimas que irão sobrecarregar o sistema nervoso central, dando lugar aos distúrbios da razão e do sentimento. Noutras vezes, a incidência da energia mental do obsessor sobre o paciente invigilante irá alcançar, mediante o sistema nervoso central, alguns órgãos físicos que sofrerão desajustes e perturbações, registrando distonias correspondentes e comportamentos alterados. Quando se trata de Espíritos inexperientes, perseguidores desestruturados, a ação magnética se dá automaticamente, em razão da afinidade existente entre o encarnado e o desencarnado, gerando descompensações mentais e emocionais. Todavia, à medida que o Espírito se adestra no comando da mente de sua vítima, percebe que existem métodos muito mais eficazes para uma ação profunda, passando, então, a executá-la cuidadosamente. Ainda, nesse caso, aprende com outros cômpares mais perversos e treinados no mecanismo obsessivo, as melhores técnicas de aflição, agindo conscientemente nas áreas perispirituais do desafeto, nas quais implanta delicadas células acionadas por controle remoto, que passam a funcionar como focos destruidores da arquitetura psíquica, irradiando e ampliando o campo vibratório nefasto, que atingirá outras regiões do encéfalo, prolongando-se pela rede linfática a todo o organismo, que passa a sofrer danos nas áreas afetadas.
Estabelecidas as fixações mentais, o hóspede desencarnado lentamente assume o comando das funções psíquicas do seu hospedeiro, passando a manifestá-lo a bel-prazer. Isso, porém, ocorre, em razão da aceitação parasitária que experimenta o enfermo, que poderia mudar de comportamento para melhor, dessa forma conseguindo anular ou destruir as induções negativas de que se torna vítima. No entanto, afeiçoado à acomodação mental, aos hábitos irregulares, compraz-se no desequilíbrio, perdendo o comando e a direção de si mesmo. Enquanto se vai estabelecendo o contato entre o assaltante desencarnado e o assaltado, não faltam a este último inspiração para o bem, indução para a mudança de conduta moral, inspiração para a felicidade.Vitimado, em si mesmo, pela autocompaixão ou pela rebeldia sistemática, desconsidera as orientações enobrecedoras que lhe são direcionadas, acolhendo as insinuações doentias e perversas que consegue captar.
(...) Como a inspiração espiritual se faz em todos os fenômenos da Natureza, inclusive nas atividades humanas, é compreensível que, além das tormentosas obsessões muito bem catalogadas por Allan Kardec – simples, por fascinação e subjugação – os objetivos mantidos pelos perseguidores sejam muito variados. Eis porque as suas maldades abarcam alguns dos crimes hediondos, tais como: autocídios, homicídios, guerras e outras calamidades, face à intervenção que realizam no comportamento de todos aqueles que se afinizam com os seus planos nefastos. Agindo mediante hábeis programações adrede elaboradas, vão conquistando as resistências do seu dependente mental, de forma que, quase sempre, porque não haja uma reação clara e definitiva por parte de sua vítima, alcançam os objetivos morbosos a que se entregam enlouquecidos.
Quando das suas graves intervenções no psiquismo dos seus hospedeiros, suas energias deletérias provocam taxas mais elevadas de serotonina e noradrenalina, produzidas pelos neurônios, que contribuem para o surgimento do transtorno psicótico-maníaco-depressivo, responsável pela diminuição do humor e desvitalização do paciente, que fica ainda mais à mercê do agressor. É nesta fase que se dá a indução ao suicídio, através de hipnose contínua, transformando-se em verdadeiro assassínio, sem que o enfermo se dê conta da situação perigosa em que se encontra. Sentindo-se vazio de objetivos existenciais, a morte se lhe apresenta como solução para o mal-estar que experimenta, não percebendo a captação cruel da idéia autocida que se lhe fixa na mente. Não poucas vezes, quando incorre no crime infame da destruição do próprio corpo, foi vitimado pela força da poderosa mentalização do adversário desencarnado. Certamente, há, para o desditoso, atenuantes, em razão do processo malsão em que se deixou encarcerar, não obstante as divinas inspirações que não cessam de ser direcionadas para as criaturas e as advertências que chegam de todo lado, para o respeito pela vida e sua conseqüente dignificação.
O mesmo fenômeno ocorre quando se trata de determinados homicídios, que são planejados no mundo espiritual, nos quais os algozes se utilizam os enfermos por obsessão, armando-lhes as mãos para a consumação dos nefastos crimes. Realizam o trabalho a longo prazo, interferindo na conduta mental e moral do obsesso, a ponto de interromperem-lhe os fluxos do raciocínio e da lógica, aturdindo-os e dominando-os. Tão perversos se apresentam alguns desses perseguidores infelizes quão desnaturados, que se utilizam da incapacidade de reação dos pacientes para os incorporar, podendo saciar sua sede de vingança contra aqueles que lhes estão ao alcance. Utilizando-se do recurso da invisibilidade material, covardemente descarregam a adaga do ódio nas vítimas inermes, tombando, mais tarde, na própria armadilha, porquanto não fugirão da justiça divina instalada na própria consciência e vibrando nas Leis cósmicas, que sempre alcançam a todos.
De maneira idêntica, desencadeiam guerras entre grupos, povos e nações, cujos dirigentes se encontram em sintonia com as suas terríveis programações, formando verdadeiras legiões que se engalfinham em lutas encarniçadas visando alcançar os objetivos infelizes a que se propõem. Passam desconhecidas estas causas, que os sociólogos, os políticos, os religiosos não conseguem detectar, mas que estão vivas e atuantes nas paisagens terrestres, e a reencarnação se encarregará de corrigir sob a sublime direção de Jesus. (...)
Na raiz de inumeráveis males que afetam a coletividade humana, encontramos o intercâmbio espiritual manifestando-se com segurança. As obsessões campeiam desordenadamente. Isto não implica em dar margem ao pensamento de que as criaturas terrestres se encontram à mercê das forças desagregadoras da erraticidade inferior. Em toda parte está presente a misericórdia de Deus convidando ao bem, ao amor, à alegria de viver. A opção inditosa, no entanto, de grande número de criaturas é diversa dessa oferta, o que facilita a assimilação das idéias tenebrosas que lhe são dirigidas. Assim mesmo, ante a preferência das terríveis alucinações, o amor paira soberano aguardando, e quando não é captado, a dor traz de volta o calceta, encaminhando-o para o reto proceder mediante o oportuno despertar.
Todos esses criminosos espirituais, terminadas as batalhas em que se empenham, passam a experimentar incomum frustração por haverem perdido as metas que desapareceram e por darem-se conta dos tormentos íntimos em que naufragam, descobrindo-se sem objetivo nem razão de continuar a viver... E como não podem fugir da vida em que se encontram, são atraídos compulsoriamente às reencarnações dolorosas, experimentando os efeitos das hecatombes que ajudaram a ter lugar. Mergulham, então, na grande noite terrestre do abandono, da loucura, das anomalias, emparedados em enfermidades reparadoras, experimentando rudes expiações, que lhe serão a abençoada oportunidade para reencontrar o caminho do futuro.
O Mestre Jesus foi enfático ao anunciar: - Vinde a mim todos vós que estais cansados e eu vos aliviarei, completando com segurança: - Em verdade vos digo que ninguém sairá dali (do abismo) enquanto não pagar até o último ceitil. Ele alivia todos aqueles que O buscam sob o pesado fardo das aflições, entretanto, é necessário que a dívida moral contraída contra a Vida seja resgatada até o último centavo, quando então, o devedor se sentirá equilibrado para conviver com aquele que lhe padeceu a impiedade, sendo perdoado e reconciliando-se com a própria consciência e o seu próximo. Somente, portanto, através do perdão e da reconciliação, da reparação e da edificação do bem incessante, é que o flagelo das obsessões desaparecerá da Terra de hoje e de amanhã, pelo que todos nos devemos empenhar desde este momento. (...)
O amor é o bem eterno que sobrepaira em todas as situações, mesmo nas mais calamitosas, apontando rumos e abrindo espaços para a realização da felicidade total. Vivê-lo em clima de abundância, é o dever a que nos devemos propor, inundando-nos com a sua sublime energia que dimana de Deus.
Muito importante o que se contém naquele texto para que possamos entender, de forma mais ampla, o significado da obsessão.
Numa das passagens do Evangelho, Mateus (VIII, 16 e 28 a 32) nos relata:  “E, chegada a tarde, trouxeram a Jesus muito endemoninhados e Ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos.(...) E tendo chegado à outra banda, à província dos gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho. Eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? E andava pastando diante deles uma manada de muitos porcos. E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos. E Ele lhes disse: Ide! E saindo, eles se introduziram na manada de porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas.” 
E, em IX, 32 e 33: “Trouxeram a Jesus um homem mudo e endemoninhado. E, expulso o demônio, falou o mudo, e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel!”
O obsessor persegue e assedia um encarnado de forma implacável, em constante troca de energias. O afastamento de um obsessor só se faz quando ele é atingido pelo ectoplasma do Doutrinador.
Em Marcos (I, 23 a 26) foi dito: “Estava na sinagoga um homem com um espírito imundo, o qual exclamou: Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei que és: o Santo de Deus! E repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te e sai dele! Então, o espírito imundo, convulsionando-o e clamando com grande voz, sai dele.”
Na verdade, o obsessor, na maioria dos casos, só se retira pela solução da razão do assédio ou pela sua conscientização na doutrina recebida em diversas passagens pelos trabalhos. Raramente ele se afasta com um só trabalho, e devemos ter muita cautela em trabalhos especiais, pois um afastamento forçado pode resultar em efeitos piores do que a própria obsessão.
Existem falanges de espíritos que, em ocasiões de guarda aberta de um encarnado, exercem ações obsessoras, como, por exemplo, os Alaruês, os Exus, os Falcões e legiões de Murumbus, Murussangis, Muys, Sexus e outros sofredores do Vale das Sombras.